III Open Day no Velopark: A AD dessa vez não foi em peso, tendo em vista a proximidade com a prova em Santa Cruz do Sul que ocorreu (não literalmente, devido à chuva que lá caiu) duas semanas antes. Mesmo assim, vários carros da AD foram e mostramos que estaremos sempre presentes.
Eu digo que foi um dia atípico devido a alguns fatores que raramente estão presentes num carro de arrancada num dia de prova. Posso começar dizendo que não precisei abrir a minha caixa de ferramentas para mexer no Astra NENHUMA vez. Mesmo após cinco puxadas de 402 metros, só verifiquei o óleo e a água do motor, e ainda assim, rapidamente. Motor saudável, 2,2 bar de pressão, destracionando quase todas as marchas... Em resumo, um dia de acerto muito bom para o astra. Finalmente cheguei a um mapa confiável na Fueltech e, dessa forma, estou adquirindo confiança no carro, que é algo que não existia até o momento. É claro que um acerto mais fino é necessário, e isso só o dinamômetro resolverá.
O tempo não veio dessa vez, mas eu não estava preocupado com isso. A nova configuração do motor deixou o Astra muito mais nervoso, principalmente para arrancar. A primeira marcha basicamente não servia para nada, pois sequer conseguia mover o carro. Mesmo dosando o acelerador, parecia que eu estava arrancando num ambiente sub-aquático.
Já de alta... quarta marcha, 2,2 quilos de pressão de turbo, pressão essa que incidia também sobre meu corpo ao ser empurrado contra o banco concha. Sensação de certa forma tão maravilhosa quanto assustadora, que me remeteu à vez que usei o nitro com o outro motor ainda, pois foi uma aceleração brusca que fazia o ponteiro do velocímetro despencar até os 200 km/h de uma forma rápida e brutal...
Me lembro da vez que me disseram que tudo começaria a ter MUITO mais graça quando eu começasse a ter medo do meu carro... É, acho que essa sensação está aí. Ao mesmo tempo em que dá aquela ansiedade de ir para a pista e acelerar fundo, a tranquilidade de estar freando e vendo que tudo está bem após a puxada é muito recompensadora também. É muito legal saber que você tem em mãos um carro capaz de superar a maioria dos super-esportivos existentes pelo mundo, saber que poucas pessoas por aí já sentiram o que você sentiu. A ansiedade, juntamente com o medo gerado e a brutalidade com que tudo acontece, formam um composto que é viciante. É algo mágico, que vicia e anestesia o corpo humano. Depois disso, dirigir carros convencionais é algo tão empolgante quanto assistir uma partida de xadrez em câmera lenta.
Apesar de eu estar tentando me utilizar de adjetivos e comparações, só realmente entenderá o que estou falando aqui quem já andou em algum carro forte na pista, em que as preocupações estão voltadas somente ao carro, se ele conseguirá resistir até o final da puxada, e não direcionadas ao que acontecerá na próxima esquina ou sinaleira. Acelerar na rua com um carro desse porte é basicamente comprar uma passagem somente de ida ao além. Quem faz isso, ou não percebeu tudo isso que falei até aqui, ou não tem amor à propria vida e à dos demais.
Esse dia, do Open Day, serviu para eu reparar que o Astra não é mais um carro com seus 200-250 cavalos, como era até 2007. Até o ano passado, tudo era simples, acertar o carro na rua, injeção original, 100 cavalos de nitro, uma, duas testadas, carro pronto para arrancar. Em um carro com 400-500 cavalos, variáveis de todos os tipos surgem. Até a maneira que eu segurava o volante influenciava na arrancada do carro, coisa que sequer era percebida nas outras vezes em que arranquei.
Poisé, o Astra me botou medo e a graça de tudo se multiplicou. Maravilha!
Outras coisas boas de salientar do Open Day: Fiat 147 turbo voltou às pistas! Chegou chegando, como diria o Pichulin! Dos 21 segundos virados nos 402 metros na sua primeira aparição, o tempo despencou para os 15 segundos baixos. E tirando o pé! Esse fiat incomodará! Escrevam isso!
Eu digo que foi um dia atípico devido a alguns fatores que raramente estão presentes num carro de arrancada num dia de prova. Posso começar dizendo que não precisei abrir a minha caixa de ferramentas para mexer no Astra NENHUMA vez. Mesmo após cinco puxadas de 402 metros, só verifiquei o óleo e a água do motor, e ainda assim, rapidamente. Motor saudável, 2,2 bar de pressão, destracionando quase todas as marchas... Em resumo, um dia de acerto muito bom para o astra. Finalmente cheguei a um mapa confiável na Fueltech e, dessa forma, estou adquirindo confiança no carro, que é algo que não existia até o momento. É claro que um acerto mais fino é necessário, e isso só o dinamômetro resolverá.
O tempo não veio dessa vez, mas eu não estava preocupado com isso. A nova configuração do motor deixou o Astra muito mais nervoso, principalmente para arrancar. A primeira marcha basicamente não servia para nada, pois sequer conseguia mover o carro. Mesmo dosando o acelerador, parecia que eu estava arrancando num ambiente sub-aquático.
Já de alta... quarta marcha, 2,2 quilos de pressão de turbo, pressão essa que incidia também sobre meu corpo ao ser empurrado contra o banco concha. Sensação de certa forma tão maravilhosa quanto assustadora, que me remeteu à vez que usei o nitro com o outro motor ainda, pois foi uma aceleração brusca que fazia o ponteiro do velocímetro despencar até os 200 km/h de uma forma rápida e brutal...
Me lembro da vez que me disseram que tudo começaria a ter MUITO mais graça quando eu começasse a ter medo do meu carro... É, acho que essa sensação está aí. Ao mesmo tempo em que dá aquela ansiedade de ir para a pista e acelerar fundo, a tranquilidade de estar freando e vendo que tudo está bem após a puxada é muito recompensadora também. É muito legal saber que você tem em mãos um carro capaz de superar a maioria dos super-esportivos existentes pelo mundo, saber que poucas pessoas por aí já sentiram o que você sentiu. A ansiedade, juntamente com o medo gerado e a brutalidade com que tudo acontece, formam um composto que é viciante. É algo mágico, que vicia e anestesia o corpo humano. Depois disso, dirigir carros convencionais é algo tão empolgante quanto assistir uma partida de xadrez em câmera lenta.
Apesar de eu estar tentando me utilizar de adjetivos e comparações, só realmente entenderá o que estou falando aqui quem já andou em algum carro forte na pista, em que as preocupações estão voltadas somente ao carro, se ele conseguirá resistir até o final da puxada, e não direcionadas ao que acontecerá na próxima esquina ou sinaleira. Acelerar na rua com um carro desse porte é basicamente comprar uma passagem somente de ida ao além. Quem faz isso, ou não percebeu tudo isso que falei até aqui, ou não tem amor à propria vida e à dos demais.
Esse dia, do Open Day, serviu para eu reparar que o Astra não é mais um carro com seus 200-250 cavalos, como era até 2007. Até o ano passado, tudo era simples, acertar o carro na rua, injeção original, 100 cavalos de nitro, uma, duas testadas, carro pronto para arrancar. Em um carro com 400-500 cavalos, variáveis de todos os tipos surgem. Até a maneira que eu segurava o volante influenciava na arrancada do carro, coisa que sequer era percebida nas outras vezes em que arranquei.
Poisé, o Astra me botou medo e a graça de tudo se multiplicou. Maravilha!
Outras coisas boas de salientar do Open Day: Fiat 147 turbo voltou às pistas! Chegou chegando, como diria o Pichulin! Dos 21 segundos virados nos 402 metros na sua primeira aparição, o tempo despencou para os 15 segundos baixos. E tirando o pé! Esse fiat incomodará! Escrevam isso!
O João Timmers, com o seu Astra belga, andando com o motor original aspirado virando tempos melhores do que quando usou um kit nitro... 10,2 nos 201 João! Parabéns! É tempo respeitável! Quero ver agora com os novos upgrades!
O Carlo, com o seu Brava nitro finalmente entrou na casa dos 9 segundos nos 201 metros! Esse feito é almejado pelo Dogão com sua Pálio Weekend também nitro, história que já rendeu muitas e boas risadas. Mas eu acho que na próxima prova ele também entrará nos 9 segundos nos 201! Estou confiante!
Por último, os Gringos e o Eclipse: Fizeram o carro funcionar, após sucessivas tentativas frustradas, vazamentos de todos os líquidos existentes no carro, bobinas queimadas, bicos injetores sem funcionamento, etc. O Eclipse contou com a ajuda de inúmeros integrantes da AD e da Fueltech! O Anderson, utilizando todos os seus conhecimentos e experiência, assim como eu, Vicente e Gustavo, fizeram o carro funcionar com os seus 4 cilindros. E aí, um ajuste no mapa feito pelo Vicente e o carro estava pronto para finalmente estrear na pista. Esse carro surpreenderá muita gente por aí. E gente grande...
Próxima parada, Santa Cruz do Sul, dias 20 e 21 de Setembro. O Astra não estará presente por lá, mas o raFASTra sim, ajudando os integrantes da AD por lá!
Fotos: Astra, raFASTra e Associação Desafio!
10 comentários:
Um dos melhores posts sobre o Open Day e as notícias dos carros da AD.
E lembrou dos carros que "prepara"! Massagem no ego... hahaha
"Depois disso, dirigir carros convencionais é algo tão empolgante quanto assistir uma partida de xadrez em câmera lenta."
Fiquei imaginando isso e me deu um sono terrivel.
Pois bem, o custodio tem razão, o post está incrivel!
Eu diria que é o post mais bacana que tu já escreveu. Pq? Pq tem emoção! Tem medo misturado com a vontade de andar.
É otimo ter medo, assim não dá pra esquecer que esse é um esporte perigiso, mas com calma pode ser a coisa mais divertida do mundo!
Gostei do post.
beijo! :)
ixii,vou ser repetitiva...
MUITO BOM O POST!!!Gosto muito dos teus textos. Quanto ao medo,humm...velocidade...eu MORRO DE MEDO!!!
Ah Rafa, pena que o Astra não vai a SCS, mas que bom que você vai e que são pedro nos ajude desta vez ;)
Beijos
Xadrez em camara lenta... Essa foi do fundo do bau!
Mas a sensação é bem esta mesmo. E esse post demorou, demorou, mas no fim, foi o mais legal até agora.
Já sabe que isso leva ao compromisso de tentar fazer ainda melhor na próxima vez.
Simplesmente animal o post...
É exatamente isso que sinto quando acelero o 147, medo misturado com alegria e uma pitada de preocupação.
Assim como você, eu também sinto tudo isso que descreveste.
Realmente está de parabéns, belo post, e valeu em tocar no nome do 147, um dia chegamos aos pés do astra, hehehe!!!
Abraços.
Muito legal! fez um "resumão"do open day! muito legal mesmo! Se continuar assim a cada prova, vai ter gente que vai entrar no blog pra saber não só do Astra, mas tb as notícias de cada prova!
Sobre o "medo do carro", realmente, só quem PASSA PELO TRABALHO DE CONSTRUIR, assumindo a responsabilidade sobre o que foi feito, é que sabe o que você quer dizer. Acelerar pateticamente na rua, achando que é algum tipo de piloto de fuga, passa imediatamente ao nível do ridículo, uma vez que se sente o que você sentiu.
Mas isso não é o fim. Ainda há uma etapa mais incrível para ser experimentada... Quando o medo de perder a puxada para um adversário é maior do que o medo de perder o motor, ou até mesmo o carro...
Esse... Bem, há de chegar a hora!
Abraços!
Fala meu!
Parabéns pelo post! Sensacional!
Como tudo na vida, quando perdemos o medo perdemos também a adrenalina de fazer aquilo. O medo é apenas um sentimento que nos faz querer cada vez mais!
Abs!
Rafastra!
O post ficou muito bom, bacana de ouvir as historias... Conseguiu traduzir muito bem todos os sentimentos em palavras. Lembrou o Marcolino escrevendo.
E mais, te desafio para uma partida de xadrez!
Grande abraco!
Igor!!! Bah, a partida eu fico te devendo, pois acho que fazem uns 10 anos que sequer olho para um tabuleiro de Xadrez! hehehehe
Obrigado pelos elogios, ainda mais com a comparação!
Um abração! Tudo de bom por ai!!
Quase 1 mês sem postar... Tsc tsc tsc!
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